segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

MAPA DO DIA

- penoso tempo, o das 13 às 15 e pouco...; eram 25 Mes à volta do Quad...; especialistas, muitos...; 
- cheio do sono da APN,  M. ouviu a Figura do lado «classificar de poema» a sua intervenção «numérica»... foi o mote para continuar a leitura das narrativas ABG de Antonio Prata...

sábado, 16 de dezembro de 2017

«Romã para Eugénio» + Pausa

- lá se arrastou M. até ao fim da primeira Estação de 1718...;
- Envelopes terminados, faltam as P. [...]
- fica registada «uma Romã para Eugénio», contributo, de reprodução autorizada, da Sempre Discreta B. ... , do 2.º Bloco

 - recortes de No fim do Verão, O sal da língua, 1995

    No fim do verão as crianças voltam,
   correm no molhe, correm no vento. 
   Tive medo que não voltassem. 
[...]
Elas, frutos solares: 
laranjas romãs 
dióspiros. Sumarentas
no outono. [...]

A criança voltou. Corre no vento. 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Leituras de «CP» + Envelopes + «Teoria Lírica»

-  (quarto) C. de Senadores - tal como S. M. disse, de «Imposssível Agenda»        - das 14 e 30 às 18 e 30 

- M. levou 3 livros, aquis. recentes, todos de «leitura curta»:
Pequenos Delírios domésticos, de Ana Margarida de Carvalho;
Nu, de botas, de Antonio Prata;
Myke Tyson para principiantes, de Rui Costa;
a) aproveitou para «fazer riscos» nos Envelopes, logo pouco leu...
b) ofereceu o texto da p. 93 do livro de...; «ninguém (lhe) ligou...»; melhor...

Excerto inicial:                    TEORIA LÍRICA
(poesia)

1. As minhas alunas têm-me nas mãos. Trazem milho segado na frente, grão de bico na asa

2. As minhas alunas cabem nas veredas. São tapetes à entrada das eiras. Subsistem no segredo e são sozinhas.

3. As minhas alunas voltam-se de costas só para não me verem. Eu sinto-lhes o cheiro.

4. Eu dou-lhes a pequena erva inútil
Digo-lhes amanhã morrerei.

[...]
Rui Costa, Mike Tyson para principiantes  – Antologia, Assírio & Alvim, 2017 (Setembro), p. 93



quarta-feira, 29 de novembro de 2017

À janela da cozinha (Simetria)

08 e 05
- à janela da cozinha do 1.º esq. (Dona L.): 
à esquerda, com a mão direita no queixo, a Mãe, com 86; à direita, com a mão esquerda no queixo, a Tia, com 93 [...];      [a Mãe partirá a 15 de janeiro]

- 08 e 40
- no Qd.o 600:
S. M., deslumbrada, folheia a edição especial da «Tabacaria», do Natal passado ...[«estou a partilhar os Tesouros da minha Bibl. com a prof. S. M....»] - disse M. para A., o primeiro do Qd.o O a chegar] 

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A menina que descende...

- já depois do final do Qd.º do 3.º Bloco, C. P., a Menina que andou no COL de M., veio falar sobre Mestre A. C....; pelo meio, falou das prof.s dos pais, do avô e do bisavô, que tinham o(s) mesmo(s) nome(s) e revelou que descendia de A. de C. O. ...
[foi o melhor do Dia... mas:...] [«e o resto não se diz...»]

[premiada - notícia de setembro...]

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Maçã - Organização administrativa da - Ruy Belo

[reencontro resultante do percorrer dos índices dos livros de Ruy Belo, em busca de poema, outro, não este, para «PAO»...]

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA MAÇÃ

À sombra desta árvore recente-
mente nascida só de imaginá-la
outra vez volto incorrigivelmente
e em antigas águas molho a fala

Saúdo as novas folhas como quem
nas folhas tem a vida permitida
Meta mente física consagrem
os poetas a termos vozes de partida

Loucura podre perto de Setembro
marmóreo mar em que a vista é adunca
países confundidos não me lembro

da pátria que pariu cada lembrança
e cresce organizada na criança
madura mate mais maçã que nunca



transcrito da 4.ª ed. de Boca Bllingue (1.ª ed: 1966), Presença, 1997, p. 59

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

«De que me serviu ir correr mundo» - Maria do Rosário Pedreira

[dia perdido; corrida «descontrolada» a Coimbra e ... (para esquecer)] 
[«e o Resto não se diz...»]
-mas, pelas 20 e 45, o poema de M. do R. P. dito pela própria no Vida Breve de hoje:

De que me serviu ir correr mundo,
arrastar, de cidade em cidade, um amor
que pesava mais do que mil malas; mostrar
a mil homens o teu nome escrito em mil
alfabetos e uma estampa do teu rosto
que eu julgava feliz? De que me serviu

recusar esses mil homens, e os outros mil
que fizeram de tudo para eu parar, mil
vezes me penteando as pregas do vestido
cansado de viagens, ou dizendo o seu nome
tão bonito em mil línguas que eu nunca
entenderia? Porque era apenas atrás de ti

que eu corria o mundo, era com a tua voz
nos meus ouvidos que eu arrastava o fardo
do amor de cidade em cidade, o teu nome
nos meus lábios de cidade em cidade, o teu
rosto nos meus olhos durante toda a viagem,

mas tu partias sempre na véspera de eu chegar.


Maria do Rosário Pedreira, de Nenhum nome depois, Lisboa, Gótica, 2004, p. 59

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

«Silêncio Visual» - Tolentino Mendonça

Gregory Crewdson, Untitled (Shane), from 
the  series «beneath the roses», 2006


[enviada, em Dez. de 2018, por Mestre J. L., após receber o poema abaixo, no âmbito da permuta «Qual é a Forma do Silêncio»]




[poema da semana, no quadrado]

O silêncio do jardim




O silêncio é também visual
apercebemo-nos dele no movimento
das folhas ao voltar-se
nessa espécie de caudal que se abre
semelhante a uma fronteira
ou a uma força mesmo descontando
as perdas

não há visitante a quem o jardim
não ceda o seu silêncio
e é interessante seguir a forma de cada um
subindo por esse começo

às vezes começo
às vezes partida em falso


José Tolentino  Mendonça, Teoria da fronteira, Assírio & Alvim, 2017 (maio), p. 29

domingo, 22 de outubro de 2017

Tratado da Mão: «Há silêncios que fazem muito barulho»

«para» a foto de Adriano Miranda (public. na terça)

Recorte: 
[...] Há silêncios que fazem muito, muito barulho. a fotografia de Adriano é um deles [...]

- o senhor da foto, em «obituário», a 29-01-2022, no «Público», de novo

domingo, 15 de outubro de 2017

«Je est un autre» - Manuel Alegre

ALGUÉM FALA POR MIM

Alguém se debruça sobre o que escrevo
alguém se calhar escreve por mim.
Não são teorias da literatura. Nem bruxarias.
Sequer aquilo a que não gostam que se chame
inspiração. É uma coisa física
ultimamente vem de preto
uma espécie de sombra.
Talvez a minha cabeça 
esteja cheia de duplos. Um outro é eu
etc. e tal. Mas isso é literatura.
Esse não sei quê que se debruça e roça
pode ser talvez uma alucinação.
Quem é? De onde vem?
Aposto que se lhe perguntasse
metia-se à socapa no texto
e escreveria: António.
É o que sem dar por isso
ele (ou eu) está (estou) a fazer. António:
repete. António: repito.
E a mão escreve esse nome que está e não está
escrito.


Manuel Alegre, Auto de António, Assírio & Alvim, 2017 (outubro), p. 24


[«Fala de Âlcantara e depois», da p. 12, na CASA do autor]
[artigo de J. J. Letria, de 15 - 10, no DN


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

MAPA DO DIA + Daniel Jonas

- se, após cada REU, M. só se «acalmar» com novas..., não haverá ORÇ que resista em ano (s?) como este... (em 0001, havia...)
- mas, ontem, após a EST., lá se foi à BERT - ROMA:

- Manuel Alegre: Auto de António
- Daniel Jonas: Oblívio

de Oblívio (45 sonetos...):

NÃO CRESÇAS. NÃO AINDA. ESPERA UM POUCO.
P'ra sempre nestas linhas sê quem és.
Deter-te é contra a vida, um revés
Contranatura, eu sei, posso ser louco.
Eu sei que a vida passa e é urgente.
Eu sei que as flores se abrem prà beleza,
Não desconheço as leis da natureza,
Mas és tão de repente tu ingente!
A mão tão pequenina que me davas
E que ontem era minha hoje é tua, 
E ontem 'inda andávamos na rua
E davas-me a conchinha e a apertavas.
Pois bem, hei-de acertar meu desatino,
E em troca ser, velhinho, o teu menino.

Daniel Jonas, Oblívio, Assírio & Alvim, 2017 (Outubro), p. 55

[sublinhado acrescentado]


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

MAPA DO DIA

- cerca das 8 e 10, 15:
-atravessou, cumprimentou a D.ª Is. (há que anos...), «aproximou-se do  «Círculo de Feras» de FUM.s (C. SPP., P. M-H., J. A. T., R. S., e  F. B.), introduzindo (para lhe fugir) o  CONGEL. [...]
- «3 lamentos à frente», vinha vindo,  uma «Ex-AA», possível «descend. do Leste», «mergulhada» nos FON...; 
estacou, porque Olhada, talvez, e disse: 
- "como está, senhor?"     (prof., não)
 - "bem... ia tão Concentrada..."
- "vou para o trabalho..."
- [provocador] "mas o seu trabalho não é aqui?" [apontando para o Paraíso 1718]
- (pesarosa? saudosa?) "já foi..., agora moro aqui perto..." [O Coro conf.: "já há mais de 3, 4, anos..."
E lá foi, sem que M. lhe conseguisse perguntar «qual Trabalho...»...
E lá se passou à referenciação dos «EX-AA» que cada um encontra nos...
[MORAL:«eles passam, os Mestres FICAM» (por Ora...)

- cerca das 11 e 35, perto do final do Qd.o do 1.º Bloco: 
- A. C.: "... pôs-me a pensar..." [feliz ficou M.] - pouco depois: "lá gastei mal 45 euros...." - após insistência, revelou que fora consultar um VID.,  e que viera de lá... (e «o resto não se diz..»)

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Actas + «Na morte de um contabilista» - G. C.

- «designado» para a Acta do C. GERONT. de ontem (2 ou 3 abaixo dos 55...), das 14 e 30 às 17 e 45, com 95% de «palavras gastas», «o novo CHBY» espera que os próximos CAST.s sejam...
- por isso, só «esporadicamente» o novo livro de Gastão Cruz o «salvou»...

NA MORTE DE UM CONTABILISTA

As contas estão feitas e decerto fechadas
(não sei se são sinónimos os termos com que tento
descrever em que ponto
final foram deixadas)

falávamos há dias das actas que faltavam
e em falta ficaram

não as irá fazer e não sei se isso importa
só se fará a acta da entrada no fogo
ou na terra,
ar e água talvez não façam falta

Gastão Cruz, Existência, 2017 (Setembro), Assírio & Alvim, p. 59 (da 3.ª secção, «Factos»)

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

603

[semana do 5 de Outubro, que bom]
- afinal, M. já se adaptou ao Qd.o «603» - do lado da sombra, neste tempo de Aquec. G...., bem bom...
- o único senão é a «Narrativa» (H. C. A.) que «emana» da  porta (aberta) da frente... [quem vai «ganhar» a Guerra das Portas?, das «Rosas», não...]
Well
- [ai, o cheiro com que entrou o primeiro Bloco, pelas 10 e 25....]

sábado, 23 de setembro de 2017

«Fuzilamento Fotográfico»

Cerca das 9 e 40, na Lavandaria da rua F. S.

A Dona I. [uma verdadeira «T. I.»]  ainda estava «exaltada». Disse que «tinha ido atrás de um Fulano que, inopinadamente, surgira à porta, com um equip. assustador e a fotografara»; «chamou-o à razão do respeito pelo direito de cada um à sua Imagem» (esta parte, inventada agora, por M.) e pediu-lhe que «apagasse a foto, que exigiu ver»; mas acrescentou que «não sabe se o F. cumpriu ou não a (LEGÍTIMA) exigência dela...» 
- Ah, Valente, seja como for.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O (novo) «H. Securitas»

- há que madrugar, pois o «Pátio do Evaristo não chega para tanto Dístico» 
(F. M.)

- primeira conversa com o Sr. R. (de tez muito morena), no tempo do café; disse que:
" é Afro-Árabe-Luso"; "veio em 74 e que, aqui, não sabiam como era lá (Moçambique)"; "estudou com Chiss."; "foi casado como uma espanhola"; "é músico" (bateria + «não sei o quê», + Rock...)...; 
- notável, em tão pouco tempo; 
- mais uma Persona, por detrás da (feia e «justa») Farda...

terça-feira, 19 de setembro de 2017

1200 = 900 F + 300 M

- são 9 horas do segundo dia do Palácio 1718; 
(os números são de ontem, por CRIS-SAPP)
-M. já «fotografou» as MÁSC. do «desfile compacto (ou Funil)» da «Pontualidade de todas as ilusões...» - hábito de «todas as primeiras semanas»

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O Senhor J.

- fez ontem 68 anos; apos. («com 51 anos de descontos», disse), continua a «pedalar» (arrastando os «plantígrados») no ESTAMINÉ dos srs. D. + A.
- ontem, pelas 18 e 45 (após 2 horas de C. de T. do 1.º Bloco) disse que «era por não haver Pessoal», e que «a Sr.a, de 40 e..., que fora contratada, abandonou ao fim de 2 dias», dizendo que «não aguentava, que aquilo era trabalho para Homem...»
Well

terça-feira, 6 de junho de 2017

«Morte a Jaime» + «I'me leaving the table»

-  Jaime ainda «sobreviveu» ao Funeral que o «Bloco B» ... ;
 - mas agora, Envelopes e Pautas [...] ao som de «Leaving the table», ...;
- algum Apaga-Apaga ainda haverá, mas o 
«PERI» abre já, com o «jogo do costume»: leituras e «íntimas...»

[... para 1718 impôs-se Mariano - não sabe D. «o porquê», mas já suspeitaria da «COMpaixão» que vai ser precisa...]

segunda-feira, 5 de junho de 2017

«Nome ( o que não há num)» - Ana Luísa Amaral

- poema em «contraponto» ao que dá título ao Livro?
- lido, pela própria A. L. A., em «A vida breve», de 5 de junho - AQUI

[para J. F. e A. C. B. e, um dia, para M. B. F....]

O QUE NÃO HÁ NUM NOME

Sentada a esta mesa, a varanda à direita,
como de costume, 
penso na minha filha e no nome que lhe demos,
eu e o seu pai, quando ela nasceu

Um nome é coisa de fala e de palavra,
tão espesso como aquelas folhas que, se pudessem olhar,
me haviam de contemplar daquele vaso,
perguntando-me por que se chamam assim

Porém, não fui eu quem escolheu o nome da flor
a quem pertencem essas folhas:
o nome já lá estava, alguém pensou nele
muito antes de mim, e foi decerto a partir do latim,
só depois: o costume

Mas não há nada de natural num nome:
como uma roupa, um hábito, normalmente para a vida inteira,
ele nada mais faz do que cobrir
a nudez em que nascemos

Com a minha filha,
o mais belo de tudo, a maior deflagração
de amor - foi olhar os seus olhos,
sentir-lhe o toque em estame
dos dedos muito finos

esses: sem nome ainda,
mas de uma incontrolável
perfeição                 inteira


Ana Luísa Amaral, What's in a name?, Assírio, 2017 (Abril), pp. 63,64 ( da segunda «Secção», »Povoamentos»

- a 23 de Junho de 2021, «Que há num Nome?», verbete de M. do R. P., no H.s Ext.as, pelo prémio Rainha Sofia...

quinta-feira, 25 de maio de 2017

«os coitadinhos, os feios...» - Golgona Anghel

[é o quarto dia de Envelopes; como «Companhia», o quarto título de G. A.]

[este foi insc. num 1.º Bloco  - o de Mestre-Arq. J. P. - ontem, pelas 9 e 50]

Escreve sobre os coitadinhos, os feios,
os mal-amanhados.
Nas retretes das tardes da Júlia, 
por detrás dos anúncios de depilação e dos atentados,
estão eles. 
A servirem de decoração em salas de espera.
Uns de toga, outros de farda.
A viverem de biscates,
de dinheiro emprestado,
de roupa usada.
Acordam de joelhos.
Andam na pocilga.
Morrerão afogados em merda
mas serão recordados
eternamente
no mármore.


Golgona Anghel, Nadar na piscina dos pequenos, Assírio, 2017 (Maio), p. 27

[à tarde, antes do C. de DDT's:
- ó P., se calhar aquilo, de manhã, foi demasiado «Forte»...?
- qual quê, para aqueles, tudo é (...); não (ou)viste o COM. que aquele M.  fez à palavra M.?....»
[pois está bem, se assim é...]

                                     

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Álvaro de Campos: a cadeira (de Convés de)


Encostei-me para trás na cadeira de convés e                                                                fechei os olhos,
E o meu destino apareceu-me na alma como um                                                                        precipício.
A minha vida passada misturou-se com a futura,
E houve no meio um ruído do salão de fumo,
Onde, aos meus ouvidos, acabara a partida de  xadrez           
                                 Álvaro de Campos

sábado, 20 de maio de 2017

A. S., «que tem agora 25 anos»

- (re)encontro, no LDL; magrinha e pequenina continua, com cabelo azulado-esverd., acinzentado, «ratado»....
- vizinha, «divide casa», na R. da P. de F.,  trab. na REP. da FAC., onde conclui o MEST.; para isso, continua a vir ao Paraíso, assistir ao 3.º Bloco (agora não com A. C. - de Baixa - com o Substit.)
- quando a (re)vê, J, (re)vê as Imagens,  de 0607, na tal turma dir. por Mestre M. O., de FILO (pela 3.º vez na E. do Paraíso, mas que não sabe aonde o actual CONC. a «levará...»)

Well

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Mapa do dia Final (ainda não)

- na prática, será o último - a próxima sem. é para ENV., a seguinte, para «pardais ao Ninho» (os dois últimos Dias, para RECIC.)
- [venha o próximo - no (Eterno) Palácio 1718...]

- dia com «pouca» história...
 - (excepto a CONV., com J., no C. de R., que se identificou como filha do ESCRITOR....; )
....mas alegre, pois J. recordava a Paródia de Ontem quando «foi para o Chão», como Escadote de M.

sábado, 13 de maio de 2017

«What's in a name» - Ana Luísa Amaral

[na quarta, 10, trocar uma «daquelas» REU pela Leitura do novo livro de Ana Luísa Amaral - com 33 poemas...
- «Livro do Dia» TSF,  a 8 - com leitura de recortes do poema final: "ALEPPO, LESBOS...»
...foi uma excelente OP (porque Nunca se falta a um Qd.o....]

WHAT'S IN A NAME?

Pergunto: o que há num nome?

De que espessura é feito se atendido,
que guerras o amparam,
paralelas?

Linhagens, chãos servis,
raças domadas por algumas sílabas,
alicerces da história nas leis que se forjaram
a fogo e labareda?

Extirpado o nome, ficará o amor,
ficarás tu e eu - mesmo na morte,
mesmo que em mito só

E mesmo o mito (escuta!),
a nossa história breve
que alguns lerão como matéria inerte,
ficará para o sempre do humano

E outros
o hão-de sempre recolher,
quando o meu século dele carecer

E, meu amor, força maior de mim,
seremos para ele como a rosa -

Não, como o seu perfume:

ingovernado            livre


Ana Luísa Amaral, What's in a name, Assírio & Alvim, 2017 (Abril), pp. 24, 25 

 - a 23 de Junho de 2021, «Que há num Nome?», verbete de M. do R. P., no H.s Ext.as, pelo prémio Rainha Sofia...

- a 2 de Julho de 2021, Entrevista, ao «Ípsilon»:

- a 8 de Fevereiro de 2022, no «Encontro de Leituras» - «podcast« do mesmo no Ípsilon, a 28 de Junho;

sexta-feira, 5 de maio de 2017

«Tal soturnidade...» OU «essa sou eu todos os dias»

- quinta, durante o castigo no «C. de R.»... [o que J. por Lá apre(e)nde...]
- um «par» (de «pré-finalistas») preparava um daqueles «Raspões» - no caso [Inventário de «palavras Difíceis»] com «O Sentim. dum Ocid.»... (Coitado de C....)

- J. disse de Cor a primeira Quadra [...]
- «soltou-se» a Menina:
«Essa sou Eu todos os dias.»

[ah, o famoso Efeito de Identificação da (Grande) Poesia...]

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Marilyn no Quadrado - Rosa Oliveira

- é Dia de «L.as TRav.as» - (e do Princeso, que está em Nice, já agora...) entraram duas Qd.as, da «Sala do Lado»,  e leram «Perfilados...», o conhecido poema de O'Neill...

- como «TrocO», este poema, do recente livro de R. O. [e também porque o Qd.o é de ADV....]

salto da fé

aí vem o inevitável poema sobre marilyn
percebi ao pequeno almoço
no dia mais quente do ano

norma jean gostava de esvaziar a tripa
talvez de barriga menos inchada
os vestidos niagaras fossem indolores
talvez o intestino limpo
lhe desse a leveza que os analistas
não logravam
talvez quisesse preparar o traseiro
para presidentes
senadores, capatazes
sem contar com dramaturgos.
enfim, rapazes...

de qualquer modo
esvaziava a tripa
antes de ler obras difíceis
e sérias
pois era rapariga de alto
saturno

ler kierkegaard
de intestino solto
é outra coisa

a pobre da regine olsen
é que provavelmente não sabia


Rosa Oliveira, Tardio, Tinta-da-china, 2017 (março), p. 78

[entrevista a D. Vaz Pinto, a 24, no «ionline»]


terça-feira, 25 de abril de 2017

«Caligramas» - Almada

recorte do Público:

No vídeo desta quarta-feira [19-04] , falámos com Mariana Pinto dos Santos, que, em conjunto com Ana Vasconcelos, é curadora da exposição [«José de Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno»]

AQUI

sexta-feira, 14 de abril de 2017

«O lagarto» - Saramago, por Adriana Calcanhoto...

... leitura, em vídeo de Gonçalves Mendes - no Público

Recortes da »Legenda»:
[...] Uma das iniciativas [da F. J. S.] é a exposição O Lagarto, do artista plástico brasileiro  J.Borges e de José Saramago [...] que tem como ponto de partida a edição ilustrada de 2016 do livro que o Nobel português publicou pela primeira vez há 40 anos. [...]

- no Endereço da Fundação, também [xilogravuras de J. Borges]: AQUI e AQUI

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Junho em Abril...

... no Rugido - Paraíso, fora de Agosto...
- ontem, a habitual visita à Barragem, ao Clã «G. da S.»; segundo M., o «nível da água estará cerca de 8 metros abaixo do habitual» (é bem visível tal); quanto à (re)abertura, está «quase...»

quarta-feira, 5 de abril de 2017

«Suspenso...» + «filho(a) de Peixe....»

Foi na quinta, pelas 13 e 20, no C. de R., onde J. cumpria um dos «castigos...»

A conversa inicial do costume: 
Ano (2.º Bloco); Área (A.D.V., «coitadita»); Class. a P. (16; «boa»)

Depois mostrou o filme - «C. de G.»; disse «que já o tinha visto»; a seguir, o livro; replicou «que já o tinha lido»;  tranquilamente, informou que «era filha da E. de A. L. A.» (falecida há cerca de 8 anos...)
Aleluia.
- à tarde, em frente do 502, continuou(-se) a conversa sobre a enorme biblioteca que «herdou»...
S. é o seu Nome; se «filho(a) de Peixe(s) sabe (vier a saber) Nadar...»

domingo, 2 de abril de 2017

48 anos...

- é domingo; 
com o Velho J. «agarrado» ainda aos últimos Envelopes e outros «Instrumentos» (grande palavra técnica) «só dá» para reproduzir o «Bartoon» de Luís Afonso, do Público de ontem:


quarta-feira, 29 de março de 2017

«Heróis do Mar» + Pomar + Almada + Sena + João P. Vale + Hugo Dinis...


"Heróis do Mar", o farol de areia de João Pedro Vale no Atelier Múseu Júlio Pomar
- a inaugurar amanhã...

- imagem do artigo do Dn, de hoje

- DAQUI

segunda-feira, 27 de março de 2017

TRatado da Mão - A. Silva Carvalho

[livro de 2015, atentamente lido (e registado) no Rugido; (re) localizado... com 9 «marcas» (o da Ímpar ou o da Par? Impossível, o «porquê»...; Marcas «percorridas» pela Menina P. - do 2.º Bloco -, num destes dias...]

MÚLTIPLAS MÃOS

As mãos amadurecem, sorvem todo o sol
a que cada corpo tem direito
apenas porque nasce.

Mas há mãos excessivas e maduras de sonhos,
conchas duma maré que erra nas dunas
e se arrasta entre as areias mortas
e as nuvens térreas, brônzeas,
não santificadas.

Eu vejo-me nas mãos dos outros animais,
castigam-me pesadas
contra os umbrais da noite.
São as graças do chumbo, fotos negativas
da alegria do mundo,
recolhem todo o peso dos corpos
naufragados.

E são as mãos da alma, mãos recolhidas da vida,
tão belas e tão fúnebres,
que o fogo, o fogo apenas as acaricia
com a leve e muda labareda 
de deus.

Armando Silva Carvalho, A sombra do mar, 2015 (Julho) Assírio & Alvim, p. 90


sexta-feira, 17 de março de 2017

Tolentino, por Cargaleiro


Poema de José Tolentino de Mendonça, «autopsicografado» por Cargaleiro
(pintura a óleo de 2014 - Colecção da Fundação Manuel Cargaleiro)

Reproduzido de artigo do «Ipsilon»

DAQUI

quarta-feira, 15 de março de 2017

MAPA DO DIA

- Difícil Dia, o da «Dona Prost.» - parece «não haver azar». Por ora, espera-se que para Sempre...

- pelas 17 e 30, pela G. R., para ir buscar o «RR» (segunda «repint.» da mesma porta, ó aselha, com «s»...); à frente, dois vend. de Operadora - identificados, um com a marca na TS preta, outro, no  blusão vermelho... - Idades? Por volta dos 60...
Ah, pois

terça-feira, 14 de março de 2017

«M., a última palavra», Manuel António Pina

M., a última palavra

Entre restos de vida passada
refugiava-se o coração de cada um de nós no seu covil,
uma gota de sangue, pequeno vitral de reflexos coloridos,
na orelha de M., a pistola no chão perto da mão, ainda quente a pistola.

O que quer que tivesse acontecido
fora em sítios inacessíveis às notícias dos jornais
e aos flashes das máquinas fotográficas
voando agora como aves cegas à sua volta.

Um grande mutismo cobrira tudo
gelando os nossos passos e o que disséssemos
ainda antes de pronunciado;
percebia-se, de quem sempre quis ter a última palavra.

Não se percebia era a falta de uma explicação ou de um sinal
(ao menos um sinal justificar-se-ia dadas as circunstâncias),
apenas um botão do casaco mal abotoado,
provavelmente sugerindo alguma impaciência.



Manuel António Pina, in Público, «P2», 09-04-2011, p. 7