sábado, 27 de abril de 2019

P., 35 + «Dance me to the end...» (Filipa Leal)

- [e uma década e dois dias depois do 25, nasceu o  Princeso...; 35, em Santo António...; ... a Festeira é M., sempre entusiasmada]


DANCE ME TO THE END OF LOVE
(Discos partidos sobre capas de Medeia, 2017)

«Dance me to your beauty with a burning violin
dance me through the panic till I’m gathered safely in»
LEONARD COHEN

Dança-me até ao fim da doçura e do pânico.
Dança-me com Cohen ao fundo,
interrompe-me a leitura de Medeia, tu podes.
Conta-lhes, se quiseres, todos os segredos piores:
que não estou a reler Anna Karénina: que estou a ler,
na minha idade, Anna Karénina pela primeira vez.
Diz-lhes que continuo com medo aos 38 anos
e que tenho dois exemplares de algumas tragédias
porque perco a anterior, não sei onde a guardo.
E, já agora, avisa-me que as mães. As mães.
Que uma criança não é logo amarga mas pode ser amarga
no futuro: uma criança amargará.
É melhor ires já avisá-los.

Filipa Leal, Fósforos e metal sobre imitação de ser humana, Assírio & Alvim, 2019, p. 20

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Saramago que desculpe... + «louvor do Olfacto» + Tamera

- sim, a curiosidade pode estar «embotada»... (OU «ecrãzada»...); sim, D. ainda estava sob os efeitos da I. I. V....; 
- mas, «despachar» a BIoBIB. do Nobel em cerca de 10 minutos terá que ser considerado «uma proeza»...
- (quanto aos valores simbólicos do Rábano Silv. ou SElv., serão só para quem já «cheirou a que cheira a miséria»... - Visão = distância = indiferença e insensibilidade...?; que o Olfacto seja declarado o mais Nobre dos Sentidos?)
- no 1.º Bloco da Frente, de Mestre J. L., tomada de conhecimento com D. , nascido em Setúbal, de pai austríaco e mãe alemã, pertencentes à comunidade Tamera, alentejano «convicto»...  [virá a ser FIN., em 2021, ano PAND.o, um dos poucos interessados e sensíveis do 1.º Bloco; será «crismado» o «MEN. 3 AAA»...]

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Fernando Pinto do Amaral + «Mudam-se os tempos...» +

- Chuva e Frio no Rugido; os Caminhantes abrigados na Past. e N. Rita a «ver a vida (do Negócio P.) a andar para trás»: «Vocês aí, no Algarve, têm os C.s COM., aqui não há mais nada, senão o SOL...»; (felizmente, pensa D...)
- muitos dos poemas do último livro de F. P. do Am. remetem W. para Camões; um exemplo disso:
9.

«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»
e nada em ti é hoje o que seria
se a sombra de um olhar naquele dia
não confundisse as mágoas e as idades

Não sabes que mentiras ou verdades
há na tua aventura já tardia
mas transformam a cor dessa alegria
que te mistura amores e amizades

E não sabes enfim tudo o que muda
cada silêncio nessa luz que gera
em ti uma certeza tão aguda

de estares ainda vivo, ainda à espera
de uma próxima noite que te iluda
com um falso despertar da primavera

                                   Fernando Pinto do Amaral, O terceiro vértice, D. Quixote, 2019, p. 53 (9.º poema da secção «Paralelas assimétricas»)

[Livro do Dia TSF, de 21 de Março]

segunda-feira, 15 de abril de 2019

«fogacho ambientalista»

- quarto dia da Pausa P., na ZmaB, no Rita...;  
- W. já respondeu a uma «Frescura», que «pretendia anular depois de ter pelo menos 15, em EX.» e saber «o que vai sair»...; notável (e, do resto do Perfil, nada se diz...)

- sem filmes para ver, a tarefa da leitura dos 3 ou 4 que faltavam, na Lista das 12, para o PRoj. de L., foi facilitada; de momento, em simultâneo, termina-se «A Casa Azul», de Claudia Clemente, e «Luanda, Lisboa, Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida...; também se terminou «A Alegria chegou», de A. Lucas Coelho.... 
RECORTE deste último:


O condutor do jipe é a única pessoa nas terras do Rei que fala um pouco da língua de Zu, além da tradutora, que não conduz. Apresenta-se como sub-capataz. Vem de arma ao ombro.
Zu espera nunca mais pôr os olhos nestas pessoas, depois de comprar a propriedade. Será uma micro-região duplamente libertada. Livre também das manápulas do Rei, avaliando pelo que Zu já viu. E agora vê milhares de reses, lagos artificiais, pastagens, o erro em extensão, abatendo a selva.
O sub-capataz explica que estão a avançar na direcção do rio, junto ao qual fica a mina, e daí descerão para o terreno à venda. Quando o dique rebentou, a fiscalização da reserva natural quis mostrar trabalho, conter o fogacho ambientalista na cidade. O Rei foi proibido de abater árvores em toda aquela zona que colava com a reserva, incluindo a ilha fluvial onde o leito do rio alarga. Como ia ficar com um bem mal parado, decidiu vendê-lo. Demorou, pois a quem é que interessa uma selva que não pode ser cortada?
A resposta vai aqui no jipe. Zu limita-se a ver, ouvir, não faz perguntas. Nada mais cansativo do que passar muito tempo com estranhos. E, além de estranhos, carniceiros. Só quer que tudo isto termine rapidamente.

Alexandra Lucas Coelho, A nossa alegria chegou, Companhia das Letras, 2018, pp. 111-112

quarta-feira, 10 de abril de 2019

«be my love», «Sneaky»

- pertencendo aos tais «únicos que poderão escolher entre o melhor de dois mundos» (quando se perde o Tino da Frase,...), W. está cada vez mais "sneaky", no Palácio 1819...
- Nos C.s de T. de hoje, havia gente de sobra para escalpelizar os Psic.DR.s...; logo, W. manteve-se facilmente em silêncio; ao lado, o novo livro de Filipa Leal -  a maioria dos poemas com Epígrafes = Esculturas Imaginárias... 
- no 3,º Bloco, C. Spp perorou sobre o baixo nível... (bem vinda, Sr.a VICE DIR...); às 10 e 15, entrou C. R., do E. E., com camisola azul escura, de riscas vermelhas e a inscrição «be my love»; aí, D. «chalaceou», claro...
- quanto a P. X., retido na 25 de Ab., ainda chegou a tempo de [...]; W. reteve-lhe só uma expressão, talvez um oxímoro (?): «inteligência intuitiva»
- "be my pause"

segunda-feira, 8 de abril de 2019

«tesourinhos deprimentes»

- [com cuidadoso planeamento, 1819 está quase...; faltam 12 Quadrados...; rápido, o C.de T. do 1.º Bloco, às 16...]
- de manhã, no Correio, carta da Fac. de L., com uma dívida de 2004, 5, no valor de... 2 (dois) Euros...;             (foi um «fartote de Riso»...)