quarta-feira, 29 de março de 2017

«Heróis do Mar» + Pomar + Almada + Sena + João P. Vale + Hugo Dinis...


"Heróis do Mar", o farol de areia de João Pedro Vale no Atelier Múseu Júlio Pomar
- a inaugurar amanhã...

- imagem do artigo do Dn, de hoje

- DAQUI

segunda-feira, 27 de março de 2017

TRatado da Mão - A. Silva Carvalho

[livro de 2015, atentamente lido (e registado) no Rugido; (re) localizado... com 9 «marcas» (o da Ímpar ou o da Par? Impossível, o «porquê»...; Marcas «percorridas» pela Menina P. - do 2.º Bloco -, num destes dias...]

MÚLTIPLAS MÃOS

As mãos amadurecem, sorvem todo o sol
a que cada corpo tem direito
apenas porque nasce.

Mas há mãos excessivas e maduras de sonhos,
conchas duma maré que erra nas dunas
e se arrasta entre as areias mortas
e as nuvens térreas, brônzeas,
não santificadas.

Eu vejo-me nas mãos dos outros animais,
castigam-me pesadas
contra os umbrais da noite.
São as graças do chumbo, fotos negativas
da alegria do mundo,
recolhem todo o peso dos corpos
naufragados.

E são as mãos da alma, mãos recolhidas da vida,
tão belas e tão fúnebres,
que o fogo, o fogo apenas as acaricia
com a leve e muda labareda 
de deus.

Armando Silva Carvalho, A sombra do mar, 2015 (Julho) Assírio & Alvim, p. 90


sexta-feira, 17 de março de 2017

Tolentino, por Cargaleiro


Poema de José Tolentino de Mendonça, «autopsicografado» por Cargaleiro
(pintura a óleo de 2014 - Colecção da Fundação Manuel Cargaleiro)

Reproduzido de artigo do «Ipsilon»

DAQUI

quarta-feira, 15 de março de 2017

MAPA DO DIA

- Difícil Dia, o da «Dona Prost.» - parece «não haver azar». Por ora, espera-se que para Sempre...

- pelas 17 e 30, pela G. R., para ir buscar o «RR» (segunda «repint.» da mesma porta, ó aselha, com «s»...); à frente, dois vend. de Operadora - identificados, um com a marca na TS preta, outro, no  blusão vermelho... - Idades? Por volta dos 60...
Ah, pois

terça-feira, 14 de março de 2017

«M., a última palavra», Manuel António Pina

M., a última palavra

Entre restos de vida passada
refugiava-se o coração de cada um de nós no seu covil,
uma gota de sangue, pequeno vitral de reflexos coloridos,
na orelha de M., a pistola no chão perto da mão, ainda quente a pistola.

O que quer que tivesse acontecido
fora em sítios inacessíveis às notícias dos jornais
e aos flashes das máquinas fotográficas
voando agora como aves cegas à sua volta.

Um grande mutismo cobrira tudo
gelando os nossos passos e o que disséssemos
ainda antes de pronunciado;
percebia-se, de quem sempre quis ter a última palavra.

Não se percebia era a falta de uma explicação ou de um sinal
(ao menos um sinal justificar-se-ia dadas as circunstâncias),
apenas um botão do casaco mal abotoado,
provavelmente sugerindo alguma impaciência.



Manuel António Pina, in Público, «P2», 09-04-2011, p. 7

sexta-feira, 3 de março de 2017

Margarida Gordon - «O exercício de ouvir»

- é um dos 12 Nomes de «novos (ou «novíssimos») poetas lusófonos, representados na antologia «Emergente» (de Março de 16)
 - [para J., M. é mais «A. P.» do que «B. G.» (tendo todos esses Nomes..., mas isso são «outras histórias»...)]

- transcreve-se o XVI  poema (de XVIII), com o comum título acima indicado

XVI

na rua 1.º de maio
os enfeites de natal 
parecem abandonados

na rádio
ouço um lamento
em português do Brasil.
um homem tem as pupilas dilatadas.

ontem à noite:
uma bonita mulher
deixou-me lisa.

quem dá é dador
e a quem dói é do amor.

Margarida Gordon, Emergente - Antologia, Livros Ontem, 2016, p. 112

quarta-feira, 1 de março de 2017

MAPA DO DIA

- cerca das 14 horas; G. R.; 
 - sem o que ler, antes das FIN.,  J. passou pelos Correios; não a reconheceu, quando se lhe dirigiu, com a frase habitual: «acho que fui sua...»

- com 35, muitíssimo magra e com «Brancos», de 9900 («irreconhecível», ao Espelho do RET. de então...) - disse que: «faz OURIV. e CULIN...» (!!!); que «não gostava de LIT., mas que D. a MARCOU» (aleluia) e «que agora lê todos os dias...»
- disse também que «era Prima de C., que fora para Óbidos»; J. «não relacionou», mas será N., que foi para Caldas da Rainha?
[pelas 16 e 30, «Emel» de N. confirma a «dedução» anterior...: «estás Velho, D.»]