quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Campos: «Os outros? Não há outros»

[...] Mas os outros não sentirão assim também?

Quais outros? Não há outros.

O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada,

Ou, quando se abre,

É para as crianças brincarem na varanda de grades,

Entre os vasos de flores que nunca vi quais eram.


Os outros nunca sentem.

Quem sente somos nós,

Sim, todos nós,

Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada. [...]


Álvaro de Campos


 - se os C.os de T.a continuam a ocupar o tempo todo com os «casos desesperados» - com a Personagem que «exigiu Contenção nas histórias» a contar «histórias de Vida»... -  a Coisa continua [...] [...« e oresto não se diz»...]

- imitando os Q.d.os, isto é, em «clandestinidade Tecnol.a», E. reduziu a «sua participação» ao que previamente enviara, por escrito - também quem é que quer saber da disciplina da «SEca»?

- única frase «retida»: («chego a fazer cinco testes diferentes») - «está bem, Abelha», «contem com E.» [...]

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

«Volta, Eça...

 ... estás perdoado.»

[e quase no fim de tão [...] ano, «benditas vozes» da Assembleia vêm com «tal proposta»...; e se (efectivamente) contribuíssem para que fosse efectivamente Lido?...]


«Bartoon» de hoje


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Adultos

 Tratá-los ou não como «Adultos»? 
- No Qd.º, bem tenta E., já que, temporariamente, aí «não prega Frei Tomás»...

Bartoon, «Público», 07 - 12 - 2020, p. 5


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A morte é isso...; Eduardo Lourenço

- «A Morte é isso: uma ausência. E essa ausência não pode ser dita nem descrita»; transcrito a partir de «apontamento» «ouvisto» numa televisão; toda a manhã a ouvir variados depoimentos [...]

- O sr. Pres., Mestre da Palavra,  designou-a como «coincidência simbólica» - (será um Oxímoro?)

[«grafismo animado» do «Expresso»,  de dia 2, do «Podcast» recolocado]

- «Dossiê», no «Público»

- Crónica de Luís Filipe Castro Mendes, no «DN», a 12  de Dezembro.

- galeria, da fundação Cupertino de Miranda, noIpsilon; 

domingo, 29 de novembro de 2020

«Paraíso às Avessas»

 - Domingo; antes do «Zoom», com J. e os Vizinhos holandeses da «ZMAB», E. já fora ao LDL, antes das [...]; com as «Filas» nos Cafés da Praça P. C. «derivou» para o interior da Penha, tomando a «Bica» (2) no EST. do sr. Carlos;

- ao ler o Artigo, no «Público» e no «Expresso», sobre a «exaustão dos Sr.s DiR.s» - «Gestores de Covid», voltou à «Vaca Fria» - [...]

[... a de Sexta, desta vez, antes de «Ponte sem ponte»] - como «A Montanha pariu um Rato», houve «APAGA- APAGA» - [...]

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

«Mestrando», «à Caixa»... + «o Rapaz de Minas»

- cerca das 9 e 15, Caixa do CONT., na Francisco Sanches:

- [para o Jovem, de 22 anos...]
- Então, está «melhorzinho»?
- [...??]
- no outro dia disse que estava a «trabalhar sem ter dormido» [...
- [...] aulas até às 22 e 30 [...]; trabalhos pela noite fora [...]
- de?
- Mestrado em História [...]
- «História História»?
- [...] Moderna e Contemporânea [...]
- Qual é o objectivo?
- [...] Investigação [...]; não desgostava de ser Professor, é só seguir o Programa [...]         [«e o resto não se diz...»]

- dia 03, quinta, após a análise - a enfermeira, brasileira, à primeira «audição», parecia do «Leste» - depois contou-lhe a história dos «Construtores da Vasco da Gama» que já são avós... - 

- pelas 9 e 15, no CONT. da GEn. Roçadas
[corpo de miúdo, ainda, «à Caixa»]
- Então, que idade tem?
- [...] tenho 18 anos [...]; 
- com essa idade, ainda devia estar na Escola, não?
- não, já é altura de trabalhar [...]
- de onde veio?
- [...] de «Minas» [...]  [e lá foi, «diligente»...]

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

«Os jogadores de Xadrez», não, por favor, avise...

A) 
-em nome do «Coro», falou R. B., para delicadamente solicitar ao Mestre «que avisasse previamente» quando o  Texto Literário tivesse Imagens, digamos, mais «fortes», alegando que certas «Almas Sensíveis» não «as aguentavam»
                               [«e o resto não se diz...»...]
- a E., em dia de D., e ao fim de 31 anos de CARR.( ainda que «parcialmente congelada»), nunca tinha acontecido «uma destas»...
- «soltou-se-lhe o Verbo», naturalmente.

B) 
Não foi nada fácil contactar directamente com Mestre Ricardo Reis. Na aldeia do «A. de Baixo», onde descansa na companhia de Mestre Alberto Caeiro, na "casa ao cimo do outeiro", imersos numa "Natureza sem Gente", o «sinal de Rede» é fraco, muito fraco. Mas lá se conseguiu, após muito «tecno-esforço».

Sempre elegante, desta vez não Indiferente, Mestre Reis declarou-se sensível ao «desconforto» (Palavra de Leonardo) «criado» por (em?) certas «almas sensíveis». «Sensível» à argumentação usada, reconheceu que «Os jogadores de Xadrez» é um texto «datado» (de 1916, por «ficção»), logo, inadequado ao (Tipo de) «Tempo sem Tempo ou fechado» (a)  que ora "decorre". Assim, comprometeu-se a voluntariamente autorizar que as «imagens violetas» desse poema sejam expurgadas de todas as edições e transcrições existentes, de modo a evitar, sobretudo, o seu uso por certos professores «irredutíveis» - palavra de P., V.
 («desculpa lá», ó V., «entras» neste «filme» ou «BD», «à má fila»...).

(a) expressões de Manuel Alegre, na entrevista concedida à «Revista E», do «Expresso», de 13 de Novembro de 2020, na página 16, pela ocasião do lançamento de Quando

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

S. Martinho + J. + «Numa Mão...»

 - J. trouxe M. ao GALH.,  para «soprar» as Velas da General, no «dia de S. Martinho» (se não tivesse sido o STP., D. não teria provado castanha alguma...) 
- todos de «Mascarilha» e «à distância»... ; quanto a Cat. Bap., com J. a cerca de 2 semanas e meia de «sair da terra assombrada», «flutuava»...

- de manhã, ao ver elogiado o trabalho de Vocabulário que fizera no EX. de «O AdaMdeRR», B. Bap. retorquira:
«Numa Mão a Obra, na Outra o Dicionário»
[imediata associação com a Camoniana:  «Numa Mão... a Espada Noutra a Pena»]

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Cruzeiro Seixas, 99

 


- O «Expresso» disponibiliza de novo Entrevista de 2017;

- No «dossiê» do «Público» [«obituário»], destaque para a republicação de Reportagem de 2013;

- «O vício da liberdade», Documentário de 2009, no YT; «As cartas do Rei Artur», filme de Claudia Rita Oliveira, «Vimeo»

- conversa com Perfecto Quadrado, em «Nada será como Dante», de 28 de Agosto de 2020, entre 11: 37 e 17:17

- «Galeria», de Exposição, no «Público», P3, 09 - 11

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Camionista, Camonista, «ou isso», «tanto faz»

 

«Bartoon» de hoje, «ao Café», como habitualmente
Quanto ao «Camonista», o poema de Graça Moura - AQUI

[o «Camonista» aludido na Tira é, natural., Vic. M. de Aguiar e Silva]

terça-feira, 27 de outubro de 2020

F. (estar ou não...)

 - cerca das 14 horas, à porta do «STP»; 
C. F., a Chefe:
«ó E., não achas que a [...] tem um ar F.o ?»; 
vários espantos e perguntas depois, esclareceu... [«e o Resto não se diz...»]

- o que é certo é que, em muito, muito tempo, é a primeira que chega com menos de «40 e muitos...»; no caso, 27     (chegou a Mudança)
Aleluia.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

50 anos depois... + «Where do the children play?»

 «O lavrador foi à Lua e voltou para beber o seu chá...» 
- título da Crónica de hoje, de Nuno Pacheco, que levou E. a ouvir de novo as canções que, «pelos 15..», D. ouviu «dezenas e dezenas» de vezes...; 
- mudaram «as roupagens», o Essencial mantém-se....

terça-feira, 20 de outubro de 2020

«Peito Ilustre» (mostrar ou não mostrar o...)

"Que eu canto o PEITO ILUSTRE lusitano
A quem Neptuno e Marte obedeceram"

Os Lusíadas, «Proposição»

«Bartoon» de hoje

[pelas 12 e30, na «Padaria Portuguesa» de Telheiras, 5 Infantes, 3 M. e 2 M., após a «sessão de...», euforicamente, «inglesavam» entre si...]


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Ruben A.


Tem sido o ano do «Centenário» de R. A.; possuidor de  «O Mundo...», em 3 volumes, E. hesita na  «duplicação», com a edição conjunta, ora (re)lançada; 
- quanto às comemorações [...]; enquanto ouvia Júli A na «RTP Palco» [JÁ NÃO], por «UM COLECTIVO», foi buscar a Foto à Antena 2 «On Line...» 

- «Colecção de «material antigo...»  na «RTP Arquivo» [...]

domingo, 4 de outubro de 2020

«A Brasileira» (Chiado)

 - «Embrulhada» manhã de Domingo. 
Na «Nacional», as correntes de ar apressaram E. 
Enquanto esperava pelas 10 (abertura da FNC e da B), agradado com a ausência de Massas TURIST.as, entrou n'A «Brasileira».

- encostado à «Barra-Expositora», perguntou à «Camareira» (Veterana e não brasileira) se podia «consumir» a Bica aí.
- com a resposta positiva, colocou uma moeda de 1 Unidade; deveria ter «desconfiado», quando a pequena chávena chegou, «meia» em vez de «cheia», mas com o pires sobre guardanapo e este sobre um segundo pires, maior, mais um «Microchocolate», com a Marca; aí, comentou que «mudara a Gerência», como se não o soubesse já....; 
- a resposta incluiu a solicitação de 2 unidades (o Dobro); não haveria melhor confirmação: «Viva a Nova Gerência»; ainda assim, o Troco veio numa microBandeja, com a segunda «oferta» - um Marcador (de papel, de Livro, não de Tinta, claro...); tudo Fino, muito Fino.

- «Visita Guiada», Paula M. Pinheiro, de 11 de Outubro de 2021;

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Mafalda, «a Perguntadeira» + Luís Afonso + André Carrilho + «Liberdade»



mais crónica de Luís Afonso, de 2014

- mais uma vez se começou o Ciclo «ORTO» com «Liberdade»; mais uma vez, apesar de previamente enviado, «nada de reacções»...; assim «marcha» a «Escola do Paraíso»...

- após a «VDC» das 10 e 15, foram lidas as referências a Quino no «Público»...; destacam-se: ESTA e ESTA e ESTA  e ESTA e ESTA

- A 11, crónica de Patricia Carvalho: «Mundo: recarregar, por favor»

- Carrilho, no «DN» de domingo, 04, e AQUI:




quarta-feira, 23 de setembro de 2020

«VDC»

 - aí está o que jamais... [...] : «acabar», na Toca-Cave do Quinto, em «VDC.s»**...; (antes, pelas 8 e 45, confirmou-se a «chegada» da «sofrida» mudança de ESC....) 

** em «Conferencismo Caseiro»...


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Borrifadores + 17 para 16 + «desenhar na Mente»

 [reabre o «ALPA»...]
- ontem, Missiva do sr. DIR solicitava aos Mestres a «angariação de Borrifadores»....;      (vamos lá a ver que «Plantas» esperam E....)
- hoje foi o dia do 1.º CDT (por VDC, naturalmente), dirigido por P. X., às 17 (às vezes, parece um ORF., o Paraíso...); demasiados RETRATO(s) (Ou Narrativas?...)
 + 17 (Mestres) para 16 (DISC.)...

[reproduz-se «Sars Cov 2», obra de António Jorge Ribeiro, de «EX-AA-60», exposição, na Lourinhã, até 03 de Outubro] 

- EXCERTO da Missiva, hoje recebida, de I. V. - 1819, de fora dos Qd.s de F.:
[...] Continuo a escrever bastante, nem posso dizer que tenha feito outra coisa de produtivo nos últimos tempos. É ler e escrever. Ler nunca leio tanto quanto gostaria, mas como fui, todo o segundo semestre, obrigada a desenhar as minhas quatro paredes, optei por desenhar só na mente no mês que tinha de férias. Então desenho na mente, leio e escrevo.[...]

quarta-feira, 10 de junho de 2020

«Camonianos Excursos» + «Maratona» + «Alfama fecha às 9» + «Raízes» (...«poesia como Herança») + FECHO

«Bartoon», de hoje
- em recente artigo, J. M., «ficcionista Camoniano» (in)titula-o «activista, influenciador, político» [...]
- após a saída matinal, F. não falhou o início, às 10,   da «Maratona de António Fonseca».... (quase 8 horas...)   
[Indisponível] - versão só «Audio»: AQUI
 
- no sr. DEL., pelas 9 e 45...:
- «comeu sardinhas no sábado, não comeu?»
- [...]
- «pois não come mais!» [...]
[explicou que a assadeira que, como antes, encostara ao Muro do Viaduto, fora proibida, e acrescentou:]                           «Alfama fecha às nove»

Nada disto, nem Arraiais, nem Fogareiros, nem Desfiles,  nem o «pastoso cheiro sardinhento» da manhã de 13 - o Lixo «popularucho», enfim, «incomoda» D. (...)

- já quanto ao discurso de J. T.  M. sobre «Raízes» - [...]: e AQUI, também
»Camões deixou-nos em Herança a Poesia»

- à noite, reviu-se programa do 10 de J. de 19: «8 Escritores...» [«Portugal antes de Tudo»]
- não acredita D. que se acabe a 26...; logo, como de costume, FECHA o «ALPA», reabre o «PERI»

domingo, 31 de maio de 2020

«novo» Paraíso, para sempre?

- IlUST. de Helder Oliveira

- Fotografado das pp. 16-17, do Suplemento «Economia» do «Expresso»


Popular:

[«A mim não me enganas Tu/...»
«A panela ao lume / O arroz está cru»
...]

segunda-feira, 25 de maio de 2020

«Correm turvas as águas...», CAMÕES

- não sabe F. explicar por que é que, depois da «Sessão Síncrona com Pares»,  foi para aqui buscar este soneto de Camões...

Correm turvas as águas deste rio,
que as do Céu e as do monte as enturbaram;
os campos florescidos se secaram;
intratável se fez o vale, e frio.

Passou o Verão, passou o ardente Estio;
uas cousas por outras se trocaram;
os fementidos Fados já deixaram
do mundo o regimento, ou desvario.

Tem o tempo sua ordem já sabida;
o mundo não; mas anda tão confuso,
que parece que dele Deus se esquece.

Casos, opiniões, natura e uso
fazem com que nos pareça desta vida
que não há nela mais do que o que parece.

Luís de Camões, Rimas

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Monólogos

- não chegou ao tempo «cronometrado» o Monólogo «Não» Interior de Mestre D. com Mestre F.;        «Unidos pela Indiferença Mútua», enfim;
- e se, na próxima, se ouvir outra «Síncrona», de Inglês, ou os «cochichos Paralelos», [...]

- Crónica «rara» a que está na «Visão», de 13 de Maio; RECORTE, daí:
[...] tenho estado em contacto com todos os meus alunos, o que não significa forçosamente que eu tenha estado a ensinar seja o que for e, muito menos, que eles tenham estado a aprender [...]

terça-feira, 5 de maio de 2020

«Aquela Luz (eu vi...)», J. Sousa Braga

Caravaggio, «Conversão de S. Paulo
(a caminho de Damasco)», 1600, 0
1
- o outro poema de J. S. Braga, que foi ontem enviado aos «os eleitos» do «Inaudito Cl...»:

EU VI AQUELA LUZ

Como Saulo quando ia a caminho de Damasco
eu vi aquela luz
rasgando o céu nocturno    de oriente para                                        ocidente e de alto a
baixo
eu vi aquela luz
num concerto dos Pink Floyd em Pompeia
onde nunca estive
eu vi aquela luz
em sonhos numa noite de verão na aldeia                                              onde  nasci
eu vi aquela luz
uma espada de fogo
como milhares de cavalos suspensos em pleno                                                 galope
uma luz tímida a princípio
uma luz bruxuleante
cada vez mais próxima
cada vez mais distante

Jorge Sousa Braga, A MATÉRIA ESCURA e outros poemas, 2020 (Março), Assírio & Alvim, p. 63

Jorge de Sena:

Uma pequenina luz bruxuleante
Não na distância brilhando no extremo da
                                                    estrada
Aqui no meio de nós e a multidão em volta  […]


Fidelidade, 1958

segunda-feira, 4 de maio de 2020

«A Matéria Escura», Jorge Sousa Braga

- nos «anos felizes» do MEST., D. fez um trabalho sobre os primeiros livros de J. S. B., para F. J. B. MART.; «levou nas orelhas...», não se lembra dos PORM.s...
- dos cinco poemas iniciais do último livro (saído em mês «pandémico...»), 3 foram enviados para o «Inaudito C. de L. V.»;
- passou uma semana; Mestres e DISC.s, todos tiveram a mesma reação perante os textos enviados: NULA; não sabe os porquês, F.; ainda menos «falam», quer uns, quer outros...; Viva o SILÊNCIO.

- recorte final do 5.º desses poemas:
[...]

Se queremos saber o que é a matéria escura temos que procurá-la
Nos bolsos debaixo da cama no armário entre os versos deste poema um quilómetro e meio abaixo do solo nas montanhas Gran Sasso
Dizem que o universo gosta de se olhar ao espelho
Há uma placa em cada esquina do universo a dizer que é proibido circular a uma velocidade superior à da luz
Sem a matéria escura      viveríamos num universo sem enxames sem galáxias sem estrelas sem pessoas
Não vivemos no universo      o universo é que vive em nós
Cientistas confirmam aquilo que já intuíamos que o universo não tem direcção
A matéria escura não é simplesmente matéria que por acaso é escura e que se manifesta ao nível das galáxias e dos enxames de galáxias
A matéria de que são feitas as estrelas os planetas e os seres vivos é apenas a cobertura de glacé do bolo cósmico
Somos todos viajantes      estamos todos em viagem      nós a terra os outros planetas o sol a Via láctea as outras galáxias o universo
E estamos a caminho do desastre
Ou das estrelas
pp. 16 – 17

Jorge Sousa Braga, A MATÉRIA ESCURA e outros poemas, 2020 (Março), Assírio & Alvim

terça-feira, 28 de abril de 2020

«O Eu (não) é um Outro»?» OU «Inaudito Clube de Leitura Virtual»

- M. F. (a dos «Livros de Pedra») chamou isso à «brincadeira» de enviar textos  (só para alguns...); eram dois contos «antiquíssimos» de M. da Fonseca, mas os Mestres mais antigos acrescentaram-lhes «outras histórias», o que muito agradou à Jovem Mestre...

- Recorta-se o início de «O retrato»:
Certa manhã, meu pai ordenou-me inesperadamente:
— Diz a tua mãe que te vista o fato novo para ires tirar o retrato.
       Admirei-me:
— Mas hoje não é dia dos meus anos…
— Pois não. Mas lá em Beja precisam de dois retratos teus. É para te identificarem.
— Identificarem?
— Sim. Para saberem que és tu e não outro.
— Não percebo — recomecei, desconfiado. — Como podem eles supor que vai outro em meu lugar?
Daqui em diante, a conversa complicou-se de tal modo que meu pai perdeu a serenidade; gritou-me:
— Faz o que te digo, rapaz!
Fiz. Nada mais havia a replicar quando meu pai me chamava rapaz. [...]

domingo, 26 de abril de 2020

25 (Meu querido...), Inês Fonseca Santos

André Carrilho: 
- C. F. seleccionou um excelente curto poema de Ramos Rosa - publicado em 74 - para a Tela da «E. do Paraíso», ora «Convinado»
- F. «contribuiu, sem contribuir» com dois poemas de obras recentes (ambas de Fevereiro)
- do longo poema de I. Fonseca Santos, «Remessa Livre», as duas últimas (e mais curtas) estrofes (de cinco):

[...]
25 de Abril, aproxima-te, se tens dívidas.
É para te ver melhor.
Para te comer melhor seria, meu pobre subalimentado,
para te devorar seria,
não fosses tu ruína infecta,
eu mãe de filhos por criar.
Enfio-te assim, de lentidão dissimulada,
enfio-te assim os dedos nas rugas
como quem caminha de novo sobre o início.

 25 de Abril, ouve-me:
esse é o teu tesouro.
O teu início.
Acredita em mim; eu pouco mais desejo
senão cobrir-te de louros.
Pôr-te louramente em forma
de contar de novo.
Vê tu bem:
eu gostava de dar-te do O’Neill, do Sousa Braga.
Faz por merecer.
Assim não
soa possível aos meus ouvidos de tísica.
Dever meu seria, enfim, enviar-te beijos
(cumprimentos é coisa do teu tempo),
mas apenas me ocorre um apelo:
meu querido 25 de Abril,
vem-te de novo de pau feito, por favor,
e de épico tesão dá cabo disto.

Inês Fonseca Santos, Os grandes animais, 2020 (Fevereiro), Abysmo, pp. 73 -75 (Ilustrações de João Maio Pinto)


sábado, 18 de abril de 2020

CABELOS

do «Expresso» de 18 - 04, pp. 8-9
- Conferência de Pares, ontem, cada um(uma) em seu Canto; a partir das 17 e 15;   ai, aqueles CABELOS!
- «carpir mágoas», primeira solicitação; não as tendo, F. limitou-se a ouvir, para aprender, claro; 
- trabalhar em conjunto é que não; e ainda bem, D. não saberia como; (há «décadas» que) tem sido assim, ainda bem;




- Prémio «O mais DIVERTIDO»: R. CR. (grande Bolo)
- Prémio «A mais RECATADA» (0u «Sóbria»): I. R.
- Prémio «A mais TORTUOSA»: A. F. («inevitável», sem «meu Caro, W»)

quinta-feira, 16 de abril de 2020

REENCONTROS («RASGA-RASGA» )

       «Invasões Livrescas» é o que se repete já há algumas décadas.«Eles» vão ficar (com M.?), D. vai partir. Um dia. "Um dia não muito longe não muito perto" (Ruy Belo). Fora das estantes, repletas, empilhados pelos Cantos, ou, pior, «encaixotados», ainda mais desaparecem. Por isso, este tempo de arrumações e RASGA-RASGA, «caído do Vírus aos trambolhões», tem sido de reencontros - mas não com «repetições», que isso era quando não havia CONG. e a General...
{«e o resto não se diz»}
       E as manhãs começam com leituras. Sem pressas, o Tempo que espere.
16 de Abril, 8 horas

terça-feira, 14 de abril de 2020

Síncrona ou Assíncrona? (SAI uma S. e uma ASS. para a Mesa do Canto?)

- J. atravessou o rio, para ir à HOV., pela 1.ª vez, após um mês de TELETRAB. [...]; almoçou no GALH;
- disse que «M. já acusa Saturação, por todos os poros, das sessões SÍNCRONAS do Jardim-Escola...»); J. riu muito, com as histórias da «Escola do Paraíso» (ou da FR.?)
- a meio do Arroz de Polvo, saltou uma das Coroas a D.; mais uma despesa, mas só para quando voltar a haver... DEntistas...

- tempos de novo Vocabulário, para F.; até para o do  TECNOPROVINC., visto que lá marcou as sessões SÍNCRONAS; «albarde-se o Burro à Vontade do Dono», nada custa...; vêm mais tarde, os CUSTOS...
- reabra-se o fechado Palácio; sem Palácio, fica só o PARAÍSO - tempos exaltantes, «nem o conceito de Socialização muda nem a Gente almoça» (de "nem o nosso pai morre...")
- Mau, «a dar-lhe para os PROV.s», pára já aqui

domingo, 12 de abril de 2020

«Superstar, J. C.» (Alapraia)

- terá sido no verão de 70, o C. de F.s na Alapraia, em que muito se ouviu (alguém levara o Disco....) e muito se discutiu a então recente «Ópera Rock», quando A. M. F. era Jovem (cerca de + 4 anos ...); «não militante» da Coisa, já então um «OBSERv.or», D. não se lembra naturalmente de «grande coisa»... dessas discussões;
- mais uma COMP. Pand., na RTP PLay; [já não está disponível, a 27 -04]no caso, para o regresso do «passeio higiénico»...ou do «Café Postal»; e, em audições repetidas, o RASGA-RASGA da Tarde...
o MUSICAL é de 2019!

sábado, 21 de março de 2020

DIA MUNDIAL + AINDA NÃO É O FIM... - PINA, M. António

... NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO
CALMA
É APENAS UM POUCO TARDE

- para este «Estranho» «Dia Mundial da Poesia» (...), o 1.º Livro de Pina [...]
- na 2.ª Edição, de 1982, de «a erva daninha» (que Nome, para Editora)

AS PESSOAS
Fernando pessoa         
uma vez, Fernando Le-
mos uma vez, Má-
rio Cesariny
duas ou três

As pessoas têm a sua casa e a sua doença
Mas a casa das pessoas é a sua doença
- Oh as pessoas estão todas doentes de indiferença
E morrem como mortos, da sua doença

Morrem umas na frente das outras as pessoas
Umas são assim outras como são?
As pessoas são más as pessoas são boas
As pessoas as pessoas as pessoas as pessoas

As pessoas somos nós todos ou ainda menos
Oh mário mário que horror irmão
Oh nós não vamos ser assim daqui a uns tempos
- Nós vamos ser assado - Pois não? Pois não?

Nosso Senhor Jesus Cristo não tinha biblioteca
O pobre não tinha troco de cinco escudos
- As pessoas mário tão pálidas tão quietas! - 
A rapariga da frutaria apesar de tudo


Manuel António Pina, Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde (1974), p. 39 da 2.ª Ed., 1982 (da secção II - «A segunda pessoa», 1965, 66)


- «Pois Ia» - sete poemas, sete autores (Ramos Rosa, Cesariny, Vinicius, Sophia, Júdice, Botto, Sena), ditos na Casa das Bibliotecas de Lisboa

segunda-feira, 16 de março de 2020

«Revolução a haver...» + O MEDO + «Roma»

- quatro apontamentos:
- os Ensaios de José Gil e de Rui Tavares lidos logo de manhã...;
- o Reforço da REC. do sr. Drt., para não «se comparecer» na E. do Paraíso ...
- Mestre P. OsC., após F. o informar da localização de obra de A. M. F.: «é reconhecido que exercícios de limpeza proporcionam grandes reencontros»
- agora, F. vai à Janela «inspeccionar» a «Fila - LIDL» [...]; não reduz...; há que descer, na MÃO ESQ., o jornal, na MÃO DIR., «Roma»...

quinta-feira, 12 de março de 2020

Generais, Escadote e teilhard...; Ruy Belo

- com muitas salas «reduzidas» («Corona»...), lá houve o «Língua Afiada»...; no Qd.º 402, com o 1.º Bloco, duas Qd.as e um Qd.o, de 1.º Bloco, leram, «murchinhos», «Os Vampiros» de Zeca A....; 
- também foram instados a ler, no acaso apropriado, o poema de Ruy Belo:

OS BRAVOS GENERAIS

Os bravos generais caem do escadote
citam teilhard frequentam o templo
São eles e não as damas quem nos salões dá o mote
Os filhos podem invocá-los como exemplo
seu peito fero é todo uma medalha
e ganham sempre só perdem a batalha
do escadote quando o inimigo grita: toma
chegou a tua vez de receberes um hematoma
Seja a subir seja a descer - desde que não seja escada -
os generais avançam pois não temem nada
Mas - sobressaltam-se eles - o que é que o meu olhar avista?
Um simples escadote o grande terrorista

de Homem de Palavra(s), 1970

sábado, 22 de fevereiro de 2020

S.s + Zmab

- foi a palavra Única com que o Princ. respondeu à leitura da «peça Literária» (com Lista de «reenvios» para Artigos, Decretos, Estatutos... - de que têm feito «Letra Morta», há quase duas Décadas....) enviada pelos Patrões de D....; 
- Dia Primaveril, na Zmab - apesar de «tão grande despesa para tão Curta Pausa»...      [«e o resto não se diz...»]              [Rita é recente Bisavô...]