quinta-feira, 25 de maio de 2017

«os coitadinhos, os feios...» - Golgona Anghel

[é o quarto dia de Envelopes; como «Companhia», o quarto título de G. A.]

[este foi insc. num 1.º Bloco  - o de Mestre-Arq. J. P. - ontem, pelas 9 e 50]

Escreve sobre os coitadinhos, os feios,
os mal-amanhados.
Nas retretes das tardes da Júlia, 
por detrás dos anúncios de depilação e dos atentados,
estão eles. 
A servirem de decoração em salas de espera.
Uns de toga, outros de farda.
A viverem de biscates,
de dinheiro emprestado,
de roupa usada.
Acordam de joelhos.
Andam na pocilga.
Morrerão afogados em merda
mas serão recordados
eternamente
no mármore.


Golgona Anghel, Nadar na piscina dos pequenos, Assírio, 2017 (Maio), p. 27

[à tarde, antes do C. de DDT's:
- ó P., se calhar aquilo, de manhã, foi demasiado «Forte»...?
- qual quê, para aqueles, tudo é (...); não (ou)viste o COM. que aquele M.  fez à palavra M.?....»
[pois está bem, se assim é...]

                                     

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Álvaro de Campos: a cadeira (de Convés de)


Encostei-me para trás na cadeira de convés e                                                                fechei os olhos,
E o meu destino apareceu-me na alma como um                                                                        precipício.
A minha vida passada misturou-se com a futura,
E houve no meio um ruído do salão de fumo,
Onde, aos meus ouvidos, acabara a partida de  xadrez           
                                 Álvaro de Campos

sábado, 20 de maio de 2017

A. S., «que tem agora 25 anos»

- (re)encontro, no LDL; magrinha e pequenina continua, com cabelo azulado-esverd., acinzentado, «ratado»....
- vizinha, «divide casa», na R. da P. de F.,  trab. na REP. da FAC., onde conclui o MEST.; para isso, continua a vir ao Paraíso, assistir ao 3.º Bloco (agora não com A. C. - de Baixa - com o Substit.)
- quando a (re)vê, J, (re)vê as Imagens,  de 0607, na tal turma dir. por Mestre M. O., de FILO (pela 3.º vez na E. do Paraíso, mas que não sabe aonde o actual CONC. a «levará...»)

Well

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Mapa do dia Final (ainda não)

- na prática, será o último - a próxima sem. é para ENV., a seguinte, para «pardais ao Ninho» (os dois últimos Dias, para RECIC.)
- [venha o próximo - no (Eterno) Palácio 1718...]

- dia com «pouca» história...
 - (excepto a CONV., com J., no C. de R., que se identificou como filha do ESCRITOR....; )
....mas alegre, pois J. recordava a Paródia de Ontem quando «foi para o Chão», como Escadote de M.

sábado, 13 de maio de 2017

«What's in a name» - Ana Luísa Amaral

[na quarta, 10, trocar uma «daquelas» REU pela Leitura do novo livro de Ana Luísa Amaral - com 33 poemas...
- «Livro do Dia» TSF,  a 8 - com leitura de recortes do poema final: "ALEPPO, LESBOS...»
...foi uma excelente OP (porque Nunca se falta a um Qd.o....]

WHAT'S IN A NAME?

Pergunto: o que há num nome?

De que espessura é feito se atendido,
que guerras o amparam,
paralelas?

Linhagens, chãos servis,
raças domadas por algumas sílabas,
alicerces da história nas leis que se forjaram
a fogo e labareda?

Extirpado o nome, ficará o amor,
ficarás tu e eu - mesmo na morte,
mesmo que em mito só

E mesmo o mito (escuta!),
a nossa história breve
que alguns lerão como matéria inerte,
ficará para o sempre do humano

E outros
o hão-de sempre recolher,
quando o meu século dele carecer

E, meu amor, força maior de mim,
seremos para ele como a rosa -

Não, como o seu perfume:

ingovernado            livre


Ana Luísa Amaral, What's in a name, Assírio & Alvim, 2017 (Abril), pp. 24, 25 

 - a 23 de Junho de 2021, «Que há num Nome?», verbete de M. do R. P., no H.s Ext.as, pelo prémio Rainha Sofia...

- a 2 de Julho de 2021, Entrevista, ao «Ípsilon»:

- a 8 de Fevereiro de 2022, no «Encontro de Leituras» - «podcast« do mesmo no Ípsilon, a 28 de Junho;

sexta-feira, 5 de maio de 2017

«Tal soturnidade...» OU «essa sou eu todos os dias»

- quinta, durante o castigo no «C. de R.»... [o que J. por Lá apre(e)nde...]
- um «par» (de «pré-finalistas») preparava um daqueles «Raspões» - no caso [Inventário de «palavras Difíceis»] com «O Sentim. dum Ocid.»... (Coitado de C....)

- J. disse de Cor a primeira Quadra [...]
- «soltou-se» a Menina:
«Essa sou Eu todos os dias.»

[ah, o famoso Efeito de Identificação da (Grande) Poesia...]