Caravaggio, «Conversão de S. Paulo (a caminho de Damasco)», 1600, 01 |
EU VI AQUELA LUZ
Como Saulo quando ia a caminho de Damasco
eu vi aquela luz
rasgando o céu nocturno
de oriente para ocidente e de alto a
baixo
eu vi aquela luz
num concerto dos Pink Floyd em Pompeia
onde nunca estive
eu vi aquela luz
em sonhos numa noite de verão na aldeia onde nasci
eu vi aquela luz
uma espada de fogo
como milhares de cavalos suspensos em pleno galope
uma luz tímida a princípio
uma luz bruxuleante
cada vez mais próxima
cada vez mais distante
Jorge Sousa Braga, A
MATÉRIA ESCURA e outros poemas, 2020 (Março), Assírio & Alvim, p. 63
Jorge de Sena:
Uma pequenina luz bruxuleante
Não na distância brilhando no extremo da
estrada
estrada
Aqui no meio de nós e a multidão em volta
[…]
Fidelidade, 1958