- M. F. (a dos «Livros de Pedra») chamou isso à «brincadeira» de enviar textos (só para alguns...); eram dois contos «antiquíssimos» de M. da Fonseca, mas os Mestres mais antigos acrescentaram-lhes «outras histórias», o que muito agradou à Jovem Mestre...
- Recorta-se o início de «O retrato»:
Certa
manhã, meu pai ordenou-me inesperadamente:
— Diz a tua mãe que te vista o fato novo para ires tirar
o retrato.
Admirei-me:
— Mas hoje não é dia dos meus anos…
— Pois não. Mas lá em Beja precisam de dois retratos
teus. É para te identificarem.
— Identificarem?
— Sim. Para saberem que és tu e não outro.
— Não percebo — recomecei,
desconfiado. — Como podem eles supor que vai outro em meu lugar?
Daqui em diante,
a conversa complicou-se de tal modo que meu pai perdeu a serenidade; gritou-me:
— Faz o que te
digo, rapaz!
Fiz. Nada mais havia a replicar quando meu pai me chamava rapaz. [...]