quarta-feira, 17 de abril de 2019

Fernando Pinto do Amaral + «Mudam-se os tempos...» +

- Chuva e Frio no Rugido; os Caminhantes abrigados na Past. e N. Rita a «ver a vida (do Negócio P.) a andar para trás»: «Vocês aí, no Algarve, têm os C.s COM., aqui não há mais nada, senão o SOL...»; (felizmente, pensa D...)
- muitos dos poemas do último livro de F. P. do Am. remetem W. para Camões; um exemplo disso:
9.

«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»
e nada em ti é hoje o que seria
se a sombra de um olhar naquele dia
não confundisse as mágoas e as idades

Não sabes que mentiras ou verdades
há na tua aventura já tardia
mas transformam a cor dessa alegria
que te mistura amores e amizades

E não sabes enfim tudo o que muda
cada silêncio nessa luz que gera
em ti uma certeza tão aguda

de estares ainda vivo, ainda à espera
de uma próxima noite que te iluda
com um falso despertar da primavera

                                   Fernando Pinto do Amaral, O terceiro vértice, D. Quixote, 2019, p. 53 (9.º poema da secção «Paralelas assimétricas»)

[Livro do Dia TSF, de 21 de Março]