- [pelas 11 e 50, no «Palácio do Paraíso», Mestre-FILO A. Land. solicitou que R. recomeçasse a enviar textos...; do último livro de L. F. C. M., um dos adquir.os com o CH. FNC de J., do Natal, escolheu-se o que segue]
PASTICHE DE OUTONO
Deixa o tempo pousar
folhas no teu rosto
e as rugas cinzelar teres vivido.
E acalenta o que em ti pode morrer,
sem entender bem teres entendido.
Será mais longo o outono que viveres
junto ao que partirá para longe de ti.
Pode ranger o vento à tua porta,
ninguém mais saberá que estás aqui.
Deixa o tempo vergar tua mão solta,
desfazer as palavras que inventaste.
Guarda o silêncio que à solidão recortas.
Mais que verso perdido ou folha morta,
mais que o tempo deixado ao desvario,
saberás do tempo que o tempo não importa
pois não se escoa o tempo como um rio.
e as rugas cinzelar teres vivido.
E acalenta o que em ti pode morrer,
sem entender bem teres entendido.
Será mais longo o outono que viveres
junto ao que partirá para longe de ti.
Pode ranger o vento à tua porta,
ninguém mais saberá que estás aqui.
Deixa o tempo vergar tua mão solta,
desfazer as palavras que inventaste.
Guarda o silêncio que à solidão recortas.
Mais que verso perdido ou folha morta,
mais que o tempo deixado ao desvario,
saberás do tempo que o tempo não importa
pois não se escoa o tempo como um rio.