segunda-feira, 1 de novembro de 2021

«Ondas Gravitacionais: Teorias e Registos»; Ana Luísa Amaral

 - 1 de Nov., Domingo, «Dia de todos os Santos» ou dos «mortos irrequietos» segundo Crónica de MEC de ontem
- na Sexta, M. foi de «Bruxa» e J., de  «ESQUELETO»; na E. do Paraíso houve «Máscaras sobre outras Máscaras»...;
- hoje, a visita a S. António teve «prolongamento», enquanto J. e Cat.B foram à CUF ver da CONJUNT. de J...;

- «preparados» os dois habituais poemas de A. L. A. sobre o Motivo do Nome,  sempre que avançam os Nomes dos HETERO... pessoanos..., em tempos de «COP26» e «WEB SUMMIT», dois «adequados» poemas,  do mesmo livro de 2017:

ONDAS GRAVITACIONAIS:
            TEORIAS

E vejo-me parada, sentada 
a esta mesa, 
que porventura já se repetiu

É luz que se demora, ou é o nosso olhar
que a configura?

Os anos traduzidos 
nesta língua nossa, os milhões de anos-luz
transformados em ondas que devoram
o espaço, o fazem abater-se
e elevar-se?

É raro o que se viu
e caro aos nossos olhos
este acerto, mais desacerto largo
e de mistério

Uma harmonia? Deus?
Ou o amor em diverso formato:

Do tempo: outro hemisfério?


ONDAS GRAVITACIONAIS:
            REGISTOS

Explodiram pelo espaço em rota para lá
da imaginação. Não se sabe de Deus
neste processo de fenda de universos

E as palavras hesitam-se,
paradas.

              Não se ouviu nada, nada foi visto
claramente visto, mas é o que se chama
nesta língua de nós, criada e aprendida
em formato de azul: registo

                   Ana Luísa Amaral, What's in a name?, Assírio & Alvim, 2017, pp. 52,53 ( da segunda «Secção», «Regressos»)